segunda-feira, 15 de junho de 2020

PROFESSORA LILIA MARCIA -ARTES- 1ºANO NOTURNO E VESPERTINO


COLÉGIO ESTADUAL FLORESTAL
EDUCADORA:LÍLIA MÁRCIA              TURMA: 1 ANO NOT. E VESPERTINO
MATÉRIA: ARTES

Arte Egípcia: função e representações
Veja os elementos que caracterizaram essa arte milenar

Para entendermos completamente sobre a arte egípcia, precisamos realizar uma contextualização do momento histórico em que ela se desenvolveu.
A civilização egípcia foi extremamente importante no decorrer do processo histórico da antiguidade. Ela proporcionou grandes avanços nas letras, medicina, e ciências matemáticas, que geraram e consolidaram um grande desenvolvimento no território, na organização social e em realizações culturais durante milênios.
Apresentaremos as características e exemplificações de suas artes, que mantiveram um padrão ao longo de toda a sua existência, demonstrando a pouca influência de culturas externas em suas produções. Em contrapartida, a grandiosidade dessa civilização junto a seus costumes e construções, influenciaram os etíopes, gregos, romanos, e diversos outros povos.


Conceito de Arte egípcia
Toda arte e produção material egípcia possuía uma finalidade prática.
  • Uma estátua continha o espírito de um deus;
  • a pintura na tumba retratava cenas da própria vida na Terra para que o espírito pudesse se lembrar dela;
  • encantos e amuletos protegiam o indivíduo de danos;
  • cerâmicas eram feitas para beber, comer e guardar objetos.
Até onde sabemos, os antigos egípcios não tinham palavras que correspondessem exatamente ao nosso uso abstrato da palavra “arte”. Eles tinham palavras para tipos individuais de monumentos que hoje consideramos exemplos de arte egípcia — “estátua”, “estela”, “tumba” —, mas não há razão para acreditar que essas palavras necessariamente incluíssem uma dimensão artística em seu significado.
É preciso entender que eles não faziam arte prioritariamente para ser contemplada esteticamente, como fazemos hoje. Isso fez com que os autores dessas pinturas ficassem anônimos até hoje.


Religiosidade
Esse elemento está presente em toda a produção artística da civilização egípcia. Obras arquitetônicas, pinturas, esculturas, todas apresentam o caráter religioso e ritualístico.
A religião servia como suporte para interpretar o universo, justificar a organização social e política, o que acabava por orientar, também, toda a produção artística desse povo.Além de crer em deuses que poderiam interferir na história humana, os egípcios acreditavam na imortalidade da alma e pensavam que a vida vivida após a morte seria mais importante que a do tempo presente. Com isso, temos que o fundamento ideológico dessa arte está na glorificação dos deuses e do rei defunto divinizado, para o qual se erguiam templos funerários e túmulos grandiosos.
Mumificação do corpo.
Acreditava-se que se o corpo fosse lesionado, a alma do mesmo seria penalizada durante a eternidade


Simetria
O equilíbrio nessa arte está fortemente ligado ao valor cultural do ma’at (harmonia), que foi central para a civilização. Ma’at não era apenas uma ordem universal e social, mas o próprio tecido da criação que surgiu quando os deuses transformaram o universo ordenado em um caos indiferenciado. O conceito de unidade, era esse “caos”, introduzido a partir de dualidades: noite e dia, feminino e masculino, escuridão e luz.
É por esta razão que os templos, palácios, casas e jardins egípcios, estátuas e pinturas, anéis de sinete e amuletos foram todos criados com o equilíbrio em mente e todos refletem o valor da simetria. Os egípcios acreditavam que suas terras haviam sido feitas à imagem do mundo dos deuses e, quando alguém morria, eles iam para um paraíso que achavam bastante familiar.
Quando um obelisco era feito, ele sempre possuía um gêmeo idêntico. Ambos eram pensados ​​para ter reflexões divinas, feitas ao mesmo tempo, na terra dos deuses. Os pátios dos templos foram propositalmente dispostos para refletir a criação, ma’at, heka (magia) e a vida após a morte com a mesma perfeita simetria que os deuses haviam a iniciado.
A Paleta de Narmer é uma placa cerimonial de dois lados, de siltito, esculpida com cenas da unificação do Alto e Baixo Egito pelo Faraó Narmer. A importância da simetria é evidente na composição que apresenta as cabeças de quatro touros (um símbolo de poder) no topo de cada lado e representação equilibrada das figuras que contam a história.
A Paleta de Narmer (c. 3150 a.C.)


Quem era retratado
Os túmulos, pinturas, inscrições, até mesmo a maior parte da literatura, estão relacionados com as vidas da classe dominante. A arte egípcia representa a história da elite. De tabela, ao retratar a vida dos superiores na hierarquia da sociedade, as classes mais baixas também apareciam. Isso permitiu que, mesmo sob uma construção parcial e enviesada, a história dessa civilização fosse conhecida e entendida posteriormente.






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