COLÉGIO ESTADUAL FLORESTAL
EDUCADORA:LÍLIA MÁRCIA TURMA: 1 ANO NOT. E VESPERTINO
MATÉRIA: ARTES
Arte Egípcia: função e
representações
Veja os elementos que caracterizaram essa arte
milenar
Para entendermos completamente sobre a arte
egípcia, precisamos realizar uma contextualização do momento histórico em que
ela se desenvolveu.
A civilização egípcia foi extremamente importante
no decorrer do processo histórico da antiguidade. Ela proporcionou grandes
avanços nas letras, medicina, e ciências matemáticas, que geraram e
consolidaram um grande desenvolvimento no território, na organização social e
em realizações culturais durante milênios.
Apresentaremos as características e exemplificações
de suas artes, que mantiveram um padrão ao longo de toda a sua existência,
demonstrando a pouca influência de culturas externas em suas produções. Em
contrapartida, a grandiosidade dessa civilização junto a seus costumes e
construções, influenciaram os etíopes, gregos, romanos, e diversos outros
povos.
Conceito de Arte egípcia
Toda arte
e produção material egípcia possuía uma finalidade prática.
- Uma estátua continha o espírito de um deus;
- a pintura na tumba retratava cenas da própria vida na Terra para que o espírito pudesse se lembrar dela;
- encantos e amuletos protegiam o indivíduo de danos;
- cerâmicas eram feitas para beber, comer e guardar objetos.
Até onde sabemos, os antigos egípcios não tinham
palavras que correspondessem exatamente ao nosso uso abstrato da palavra
“arte”. Eles tinham palavras para tipos individuais de monumentos que hoje
consideramos exemplos de arte egípcia — “estátua”, “estela”, “tumba” —, mas não
há razão para acreditar que essas palavras necessariamente incluíssem uma
dimensão artística em seu significado.
É preciso entender que eles não faziam arte
prioritariamente para ser contemplada esteticamente, como fazemos hoje. Isso
fez com que os autores dessas pinturas ficassem anônimos até hoje.
Religiosidade
Esse elemento está presente em toda a produção
artística da civilização egípcia. Obras arquitetônicas, pinturas, esculturas,
todas apresentam o caráter religioso e ritualístico.
A religião servia como suporte para interpretar o
universo, justificar a organização social e política, o que acabava por
orientar, também, toda a produção artística desse povo.Além de crer em deuses
que poderiam interferir na história humana, os egípcios acreditavam na
imortalidade da alma e pensavam que a vida vivida após a morte seria mais
importante que a do tempo presente. Com isso, temos que o fundamento ideológico
dessa arte está na glorificação dos deuses e do rei defunto divinizado, para o
qual se erguiam templos funerários e túmulos grandiosos.
Mumificação do corpo.
Acreditava-se que se o corpo fosse lesionado, a alma do mesmo seria penalizada durante a eternidade
Acreditava-se que se o corpo fosse lesionado, a alma do mesmo seria penalizada durante a eternidade
Simetria
O equilíbrio nessa arte está fortemente ligado ao
valor cultural do ma’at (harmonia), que foi central para a civilização. Ma’at
não era apenas uma ordem universal e social, mas o próprio tecido da criação
que surgiu quando os deuses transformaram o universo ordenado em um caos
indiferenciado. O conceito de unidade, era esse “caos”, introduzido a partir de
dualidades: noite e dia, feminino e masculino, escuridão e luz.
É por esta razão que os templos, palácios, casas e
jardins egípcios, estátuas e pinturas, anéis de sinete e amuletos foram todos
criados com o equilíbrio em mente e todos refletem o valor da simetria. Os
egípcios acreditavam que suas terras haviam sido feitas à imagem do mundo dos
deuses e, quando alguém morria, eles iam para um paraíso que achavam bastante
familiar.
Quando um obelisco era feito, ele sempre possuía um
gêmeo idêntico. Ambos eram pensados para ter reflexões divinas, feitas ao
mesmo tempo, na terra dos deuses. Os pátios dos templos foram propositalmente
dispostos para refletir a criação, ma’at, heka (magia) e a vida após a morte
com a mesma perfeita simetria que os deuses haviam a iniciado.
A Paleta de Narmer é uma placa cerimonial de dois
lados, de siltito, esculpida com cenas da unificação do Alto e Baixo Egito pelo
Faraó Narmer. A importância da simetria é evidente na composição que apresenta
as cabeças de quatro touros (um símbolo de poder) no topo de cada lado e
representação equilibrada das figuras que contam a história.
A Paleta de Narmer (c. 3150 a.C.)
Quem era retratado
Os túmulos, pinturas, inscrições, até mesmo a maior
parte da literatura, estão relacionados com as vidas da classe dominante. A
arte egípcia representa a história da elite. De tabela, ao retratar a vida dos
superiores na hierarquia da sociedade, as classes mais baixas também apareciam.
Isso permitiu que, mesmo sob uma construção parcial e enviesada, a história
dessa civilização fosse conhecida e entendida posteriormente.
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