segunda-feira, 1 de junho de 2020

3 NOTURNO MATÉRIA: HISTÓRIA EDUCADORA:LÍLIA MÁRCIA


COLÉGIO ESTADUAL FLORESTAL
EDUCADORA:LÍLIA MÁRCIA         TURMA: 3 NOTURNO
MATÉRIA: HISTÓRIA

     REBELIÕES  NA REPÚBLICA VELHA


Conteúdos
·                                               Guerra de Canudos
·                                               Guerra de contestado
·                                               Cangaço
·                                               Revolta da vacina
·                                               Revolta da chibata
                 
  GUERRA DE CANUDOS
Em 1893, quatro anos após a proclamação do Brasil como República, um dos conflitos mais emblemáticos da história   nacional ocorreu no sertão da Bahia. Liderada por um líder religioso, apelidado de Antônio Conselheiro, a Guerra de Canudos foi uma revolta de uma comunidade autônoma contra a exploração e a miséria, que durou quatro anos. Entenda:
Antônio Conselheiro
Antônio Vicente Mendes Maciel nasceu em 1828, na cidade de Quixeramobim, na então província do Ceará. Filho de comerciante, chegou a estudar português, francês e latim, tendo assumido os negócios da família após a morte de seu pai. Algumas fontes citam que ele teria lecionado português, geografia e aritmética, e que, depois, teria virado caixeiro viajante, casando-se em 1857.
Segundo relatos da época, suas peregrinações começaram após a fuga de sua mulher com um militar. Movido pela vergonha e promessa de vingança, suas andanças teriam então começado pelos sertões do Sergipe. Dando conselhos, restaurando igrejas, construindo outras, levantando capelas e proferindo profecias, tornou-se o beato de uma massa de sertanejos que passou a segui-lo e a defendê-lo.

Origem


A região onde foi estabelecido o vilarejo de Canudos, no interior da Bahia, era marcada por latifúndios improdutivos, secas cíclicas e desemprego crônico. Diante da extrema miséria, milhares de sertanejos começaram a migrar para os arredores da Fazenda Canudos, que ficava às margens do rio Vaza-Barris.
Caráter religioso


A população se organizava ao redor de um líder religioso, Antônio Vicente Mendes Maciel, apelidado de Antônio Conselheiro. Natural do Ceará, vagou pelos sertões por 25 anos até se estabelecer em Canudos, em 1893. Na visão de Conselheiro, a recém-implantada República era uma profanação da autoridade da Igreja Católica, elegendo governantes sem a legitimação da Igreja, cobrando impostos de forma violenta, permitindo o casamento civil e promovendo a separação entre Igreja e Estado.
O estopim


Já em 1893, as relações de Canudos com o governo começaram a se complicar, quando moradores queimaram documentos oficiais em um ato de rebeldia contra os impostos. Os governantes passaram a enxergar os cerca de 25 mil habitantes como fanáticos religiosos e rebeldes monarquistas perigosos, e deram início a guerra.
A guerra


Na prática, a guerra consistiu em quatro expedições militares, que mobilizaram 12 mil soldados de 17 estados brasileiros. Nas três primeiras, os sertanejos resistiram e chegaram a matar o comandante das tropas federais em combate. Na última, porém, em 1897, o exército republicano incendiou Canudos e matou grande parte da população e degolou prisioneiros — a quem havia prometido anistia —, inclusive mulheres e crianças.
O cadáver de Antônio Conselheiro, que havia morrido poucos meses antes supostamente de disenteria, foi exumado e teve sua cabeça decepada.

Destruição de Canudos

A Guerra de Canudos é dividida em quatro expedições militares, sendo que apenas uma delas, a última, foi vencedora. Foi também na última expedição militar que Euclides da Cunha esteve presente e produziu suas anotações que, em 1902, foram publicadas na obra Os sertões.
Sob rumores de que uma “restauração monarquista” ameaçava a já conturbada transição da República brasileira, no dia 12 de novembro de 1896, o tenente Pires Ferreira, liderando uma tropa com pouco mais de 100 praças e três oficiais, parte de Juazeiro rumo ao arraial de Canudos. No entanto, nove dias depois, a expedição é atacada de surpresa pelas forças conselheiristas. Sete praças e dois civis morreram nesse primeiro embate. Essa notícia provocou uma certa crise política entre civis e militares que só veio a agravar-se nas expedições seguintes.
A segunda expedição parte no dia 25 de novembro de Juazeiro, após, no dia anterior, ter chegado a notícia da derrota das tropas de Pires Ferreira. Começa, então, a segunda expedição, liderada dessa vez pelo major Febrônio de Brito, com o contingente de 609 praças, com o reforço da equipe de artilharia da polícia militar da Bahia, dois canhões e três metralhadoras.
Os primeiros enfrentamentos só foram ocorrer em 18 de janeiro de 1897, tendo as forças do Arraial, novamente, debelado a campanha militar, que, dessa vez, registrou a baixa de 10 praças. As notícias dessas derrotas chegavam ao Rio de Janeiro, capital na época, como uma derrota da República, em um já conturbado momento político que tinha Prudente de Morais, o primeiro presidente eleito por voto direito e civil da República brasileira.
É então que o coronel Moreira César, veterano da Revolta da Armada, é convocado para “resolver o problema”, que, naquela altura, havia se agravado demais. Ele reuniu então aproximadamente 1300 homens (entre grupos de artilharia, cavalaria, infantaria) e um comboio de cargueiro para munição.
No dia 6 de fevereiro de 1897, as tropas chegam a Salvador, e, no dia 18, estabeleceram-se em Monte Santo, ao lado de Canudos, de onde partiria o ataque planejado. Tentando pegar os conselheiristas de surpresa, o coronel Moreira César teria antecipado o ataque que, dessa vez, bombardeou o povoado, incendiou casas, além de ter atacado a igreja local.
Contudo, o próprio coronel foi ferido em 3 de março, tendo morrido no dia seguinte. Outro comandante também foi morto, ao lado das baixas de mais 13 oficiais e mais de uma centena de praças. Os combatentes de Canudos ainda aproveitaram as artilharias deixadas pelas tropas, reforçando ainda mais as forças conselheiristas.
Os embates entre lideranças civis e militares, que já vinham de antes, agravavam-se cada vez mais. Antônio Conselheiro e seus seguidores passaram a figurar como a maior ameaça à recente e já fragilizada República do Brasil.
É quando, do Rio de Janeiro, o general Artur Oscar começa a preparar uma força militar que contou com cerca de 10 mil militares. Após vários assaltos, que receberam reforços de vários batalhões em agosto, Canudos é tomado pelos militares em 5 de outubro de 1897.
Todos os combatentes foram degolados, além de outras atrocidades envolvendo mulheres e crianças. Ao mesmo tempo que as forças conselheiristas foram derrotadas, não se encontrou nada que pudesse comprovar as teorias conspiratórias que teriam justificado a investida contra o arraial.
Era preciso justificar, então, todo aquele esforço e aquelas mortes patrocinadas pela República. Euclides da Cunha, com a sua obra já mencionada, contribuiu ainda mais para os questionamentos posteriores sobre as motivações da destruição de Canudos. Nisso, os militares e os seus projetos para a República, em crise com os civis, foram, também, ao final da quarta e última expedição, derrotados.

Guerra do Contestado

A Guerra do Contestado (1912 – 1916) teve lugar na Região Sul do Brasil, entre as fronteiras do Paraná e Santa Catarina, e foi um conflito sócio-político causado pela disputa desses territórios, por isso, recebe o nome de contestado.

Causas

O motivo do conflito se deveu ao fato da construção da estrada de ferro que ligaria São Paulo ao Rio Grande do Sul ter deixado muitas pessoas em más condições de vida em detrimento dos interesses dos coronéis e da empresa norte-americana Brazil Railway Company.
Com o objetivo de construir a estrada de ferro, a Brazil Railway Company precisava de mão-de-obra, levando, assim, muitas pessoas para a região.
Ao mesmo tempo, o governo cedeu uma grande extensão de terra, cerca de 15 mil metros, nos limites do Estado do Paraná e de Santa Catarina, mas aproveitou o pretexto e desapropriou as terras dos camponeses porque descobriu que poderia lucrar com a erva-mate, bem como com a madeira existente na localidade.
Quando a linha férrea ficou pronta, a empresa não garantiu o regresso das pessoas que tinham se deslocado para a região, permanecendo ali sem qualquer apoio; acresce ainda o fato de os camponeses terem ficado desempregados e sem as suas terras para trabalhar, situações que provocaram o empobrecimento da população dessa região.

O líder

Num momento de grandes dificuldades para a população, surge José Maria de Santo Agostinho, um monge peregrino que se sensibilizou com a situação dos camponeses, os quais respeitavam muito os peregrinos e qualquer movimento messiânico, assim, José Maria logo ganhou adeptos.
Sem autorização do governo, José Maria que, entre suas pregações falava do fim do mundo nos anos 2000, era contra a república e tinha fama de curandeiro porque estudava as ervas e com elas auxiliava muitos doentes, fundou uma comunidade a fim de receber os oprimidos – Quadrado Santo, razão pela qual a Guerra do Contestado ficou também conhecida como Guerra Santa.
Preocupado com o desenrolar dos acontecimentos, e alegando que o monge era um desordeiro e um inimigo do governo, este envia soldados para a região a fim de perseguir o monge e seus seguidores, e com o objetivo de desmanchar a comunidade e obrigar a retirada dos camponeses.
A guerra iniciou com o armamento dos soldados contra as ferramentas agrárias dos fazendeiros, o que levou a morte de muitas pessoas, a maior parte camponeses, inclusive do seu líder, que foi morto na Batalha de Irani – local para onde tinham fugido.

Consequências

Depois de conflitos intensos, com muitas mortes, após quatro anos de guerra, é assinado o Acordo de Limites Paraná-Santa Catarina, no Rio de Janeiro.
Surgem as cidades de Mafra, Joaçaba, Chapecó e de Porto União e vai sendo construída uma nova cultura regional no Brasil.

Revolta da Vacina (1904)

A Revolta da Vacina foi uma rebelião popular contra a vacina anti-varíola, ocorrida no Rio de Janeiro, em novembro de 1904.

Causas e Consequências

Quando o presidente Rodrigues Alves assumiu o governo, em 1902, nas ruas da cidade do Rio de Janeiro acumulavam-se toneladas de lixo. Desta maneira, o vírus da varíola se espalhava. Proliferavam ratos e mosquitos transmissores de doenças fatais como a peste bubônica e a febre amarela, que matavam milhares de pessoas anualmente.
Decidido a reurbanizar e sanear a cidade, Rodrigues Alves nomeou o engenheiro Pereira Passos para prefeito e o médico Oswaldo Cruz para Diretor da Saúde Pública.Com isso, iniciou a construção de grandes obras públicas, o alargamento das ruas e avenidas e o combate às doenças.
A reurbanização do Rio de Janeiro, no entanto, sacrificou as camadas mais pobres da cidade, que foram desalojadas, pois tiveram seus casebres e cortiços demolidos. A população foi obrigada a mudar para longe do trabalho e para os morros, incrementando a construção das favelas. Como resultado das demolições, os aluguéis subiram de preço deixando a população cada vez mais indignada.
Era necessário combater o mosquito e o rato, transmissores das principais doenças. Por isso, o intuito central da campanha era precisamente acabar com os focos das doenças e o lixo acumulado pela cidade. Primeiro, o governo anunciou que pagaria a população por cada rato que fosse entregue às autoridades. O resultado foi o surgimento de criadores desses roedores a fim de conseguirem uma renda extra.
Devido às fraudes, o governo suspendeu a recompensa pela apreensão dos ratos .Contudo, a campanha de saneamento realizava-se com autoritarismo, onde as casas eram invadidas e vasculhadas. Não foi feito nenhum esclarecimento sobre a importância da vacina ou da higiene.Numa sociedade onde as pessoas se vestiam cobrindo todo o corpo, mostrar os seus braços para tomar a vacina foi visto como "imoral".
Assim, a insatisfação da população contra o governo foi generalizada, desencadeando "A Revolta da Vacina".

Vacinação Obrigatória

O médico Oswaldo Cruz (1872-1917), contratado para combater as doenças, impôs vacinação obrigatória contra a varíola, para todo brasileiro com mais de seis meses de idade.

Cangaço

O Cangaço representou um movimento social ocorrido no nordeste do país nos séculos XIX e XX, donde os cangaceiros, grupos de nômades armados que viviam em bandos, demostravam a insatisfação pelas condições precárias em que a maior parte da população nordestina se encontrava, posto que o poder estava concentrado nas mãos dos fazendeiros.
O termo atribuído a esse fenômeno social “cangaço” deriva de canga, peça de madeira utilizada na cabeça do gado para fins de transporte. Nesse sentido, se eles eram nômades, carregaram durante suas caminhadas muitos pertences e por isso, o termo foi escolhido.
Os cangaceiros eram exímios conhecedores da caatinga, das plantas, dos alimentos, e durante muito tempo (1870 a 1940) dominaram o sertão nordestino, donde muitos eram protegidos pelos coronéis, em troca de favores.

História do Cangaço: Resumo

Com a Proclamação da República, em 1889, diversos problemas sociais, econômicos assolavam o país, sobretudo no Nordeste com o crescimento da violência, fome e pobreza. Assim, no final do século XIX já se notava o surgimento de focos de cangaceiros pelo norte e nordeste do país, no entanto, o movimento do cangaço adquiriu maior coerência e organização no início do século XX, o qual representou um importante fenômeno social da história brasileira, constituído por indivíduos empenhados em trazer uma nova realidade mais inclusiva e igualitária para a população do sertão nordestino.
Sem espanto, utilizando a violência, armados com espingardas, facas e punhais, os cangaceiros saíam em bandos por diversos locais do nordeste do país, saqueando fazendas, sequestrando e matando fazendeiros, impondo respeito por onde passavam.
Foi nesse contexto que a população começou a se sentir protegida, ficando ao lado dos cangaceiros, símbolos de força e honradez. Por outro lado, haviam os cangaceiros que atemorizavam populações, os quais invadiam aldeias roubavam, matavam e estupravam as mulheres.
Os cangaceiros possuíam um estilo próprio: utilizavam roupas de couro, inclusive chapéus, a fim de se protegerem, tanto da vegetação grosseira da caatinga quanto dos ataques da polícia, visto que eram perseguidos constantemente. E foi assim, que o movimento cangaceiro ultrapassou uma década, demostrando sua força, garra e dedicação.

Lampião e Maria Bonita

Figura revolucionária, considerado o “Rei do Cangaço” ou “Senhor do Sertão”, Virgulino Ferreira da Silva (1897-1938), vulgo Lampião, nasceu em Serra Talhada, Pernambuco. Foi ex-coronel da Guarda Nacional e passou por quase todos os estados do nordeste lutando contra a injustiça.
Sua mulher, Maria Gomes de Oliveira, vulgo Maria Bonita (1911-1938) foi um dos ícones do movimento cangaceiro, sendo a primeira mulher a participar do grupo, a qual lutou bravamente e ficou portanto conhecida como a “Rainha do Cangaço”.
Ambos foram brutalmente assassinados enquanto acampavam na Grota de Angicos, em Poço Redondo (Sergipe), numa emboscada dia 27 de julho de 1938 preparada pelas autoridades, na época governados por Getúlio Vargas. Chegava o fim do casal ícone do cangaço, considerados pelas autoridades pessoas perigosas: Lampião e Maria Bonita.
Suas cabeças e de seus companheiros foram expostas como prêmios; somente com a aprovação do Projeto de Lei nº 2.867, de 24 de maio de 1965 as cabeças foram devidamente enterradas.
A morte dos líderes significou o fim do movimento cangaceiro, o qual se dissipou pelo norte e nordeste; alguns cangaceiros, com medo de serem degolados se entregaram às autoridades. Para alguns o movimento teve fim em 1940, com a morte de um dos cangaceiros, amigos de Lampião, Cristino Gomes da Silva Cleto, conhecido pelo nome: Corisco.


Revolta da Chibata


A Revolta da Chibata foi uma agitação militar na Marinha do Brasil, ocorrida no Rio de Janeiro, de 22 a 27 de novembro de 1910.A luta contra os castigos físicos, baixos salários e as péssimas condições de trabalho são as principais causas da revolta.

Contexto Histórico

Na época, vale destacar que na Marinha do Brasil, os marinheiros eram principalmente os negros escravos recém libertos. Estes eram submetidos a uma árdua rotina de trabalho em troca de baixos salários.
Qualquer insatisfação era punível e a disciplina nos navios era mantida pelos oficiais por meio de castigos físicos, dos quais a “chibatada”, era a punição mais comum.
Apesar de ter sido abolida na maioria das forças armadas do mundo, os castigos físicos ainda era uma realidade no Brasil.A insatisfação dos marujos cresceu depois que os oficiais receberam aumentos salariais, mas não os marinheiros.

                      ATIVIADE
1)“Não seria exagero dizer que a cidade do Rio de Janeiro passou, durante a primeira década republicana, pela fase mais turbulenta de sua existência. Grandes transformações de natureza econômica, social, política e ideológica, que se gestava há algum tempo, precipitaram-se com a mudança do regime político e lançaram a capital em febril agitação, que só começaria a ceder ao final da década.”
(Dentre os movimentos populares que agitaram o Rio de Janeiro no início do século, um destacou-se: aquele que vinha contrariar a política de saneamento e de reurbanização da cidade, com a demolição dos cortiços e quiosques do centro. Esse movimento foi:
a) a Revolta da Chibata;
b) a Revolta de Canudos;
c) o movimento do Contestado;
d) a Revolta da Armada;
e) a Revolta da Vacina.
3) Canudos (1893-1897), Contestado (1912-1916), Juazeiro (1890-1924) e Cangaço (na década de 1920) demonstram que, na Primeira República,
a) o campo foi palco de intensos movimentos sociais que, embora heterogêneos, expressavam revolta contra a miséria e a exclusão social.
b) a oligarquia dominante estava tão segura de seu poder que não se preocupou muito em reprimir movimentos carentes de ideias e de organização.
c) os movimentos insurrecionais foram poucos, mas muito perigosos para o sistema de poder, porque representavam apenas os pobres.
d) o sistema político, embora oligárquico, era flexível e aberto o suficiente para integrar e absorver os descontentamentos sociais.
e) os movimentos sociais expressavam reivindicações e aspirações de caráter misto, rural e urbano, articulando milenarismo com anarquismo.



4) Sobre as revoltas no início da República no Brasil são apresentadas as afirmações seguintes:
I. Entre 1895 e 1897, na fronteira de Santa Catarina, o beato José Maria liderou camponeses contra o governo, na conhecida Revolta de Canudos;
II. Em 1904, a população do Rio de Janeiro se revoltou contra a regulamentação que tornava obrigatória a vacina contra a varíola;
III. Em 1907, em São Paulo, uma greve geral de operários, liderados por anarquistas e socialistas, reivindicava jornada de 8 horas de trabalho;
IV. Em 1908, no sertão da Bahia, os sertanejos são massacrados por tropas do governo por ameaçarem a ordem pública, na conhecida Revolta do Contestado;
V. Em 1910, no Rio de Janeiro, os marinheiros se rebelam, exigindo a supressão dos castigos físicos em vigor na marinha.
Está correto o contido apenas em:
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I, IV e V.
d) II, III e V.
e) III, IV e V.



5) “Não é por acaso que as autoridades brasileiras recebem o aplauso unânime das autoridades internacionais das grandes potências, pela energia implacável e eficaz de sua política saneadora […]. O mesmo se dá com a repressão dos movimentos populares de Canudos e do Contestado, que no contexto rural […] significavam praticamente o mesmo que a Revolta da Vacina no contexto urbano”.
De acordo com o texto, a Revolta da Vacina, o movimento de Canudos e o do Contestado foram vistos internacionalmente como:
a) provocados pelo êxodo maciço de populações saídas do campo rumo às cidades logo após a abolição.
b) retrógrados, pois dificultavam a modernização do país.
c) decorrentes da política sanitarista de Oswaldo Cruz.
d) indícios de que a escravidão e o império chegavam ao fim para dar lugar ao trabalho livre e à república.
e) conservadores, porque ameaçavam o avanço do capital norte-americano no Brasil.



6) Leia as proposições sobre os movimentos sociais ocorridos durante a República Velha e identifique com V as verdadeiras, e com F as falsas. 
(__) A Guerra de Canudos (1896/1897) foi expressão dos conflitos de uma sociedade marcada pelo poder do latifúndio, sendo caracterizada pela extrema violência da nascente República.
(__) A Revolta da Vacina (1904) foi uma reação popular ao autoritarismo do projeto de modernização da capital federal, impondo a destruição de cortiços e a vacinação obrigatória sob forte repressão policial.
(__) A Revolta da Chibata (1910) foi um movimento da baixa oficialidade do Exército, exigindo o fim dos castigos corporais e reivindicando direitos políticos, como o de concorrer a cargos eletivos.
(__) A Guerra do Contestado (1914/1916) foi marcada pela organização das Ligas Camponesas, um movimento messiânico que defendia o fim da República e a adoção das reformas de base.
(__) A Greve Geral de 1917 foi caracterizada pela influência da ideologia anarquista, a qual propunha a auto-organização dos trabalhadores em seus sindicatos para enfrentar os patrões e o Estado.
Marque a sequência CORRETA:
a) VFVFV
b) FVFVF
c) VVFFV
d) FVVVF
e) VFFVV



7) Padre Cícero, prontamente, jurou lealdade ao Papa e à Constituição republicana do Brasil e, de imediato, recorreu aos potentados políticos do interior, atitudes com as quais ele, mais uma vez, desviou de si a hostilidade ambivalente do Estado e da Igreja. Desde que começara sua querela com a hierarquia eclesiástica do Ceará, em 1891, padre Cícero, diferentemente de Antônio Conselheiro, inúmeras vezes procurou, obteve e cultivou a proteção da hierarquia política local.
(Ralph Della Cava. Milagre em Juazeiro)
O texto distingue a Canudos, de Antônio Conselheiro, do movimento de Juazeiro, no Ceará, liderado pelo padre Cícero. Apesar das suas diferenças, percebe-se pelas atitudes do padre Cícero que ele enfrentava problemas semelhantes aos confrontados por Antônio Conselheiro no interior da Bahia. Aos olhos de parcela das elites brasileiras da época, sobretudo litorâneas, estes movimentos:
a) resultaram da reação da população brasileira à corrupção da Igreja e ao Dogma da Infalibilidade do Papa.
b) tinham propósitos distintos, porque padre Cícero era membro da Igreja e Antônio Conselheiro não era cristão.
c) ameaçavam a hierarquia eclesiástica, a ordem social no interior do país e a estabilidade do regime político vigente.
d) exprimiam os ideais da civilização cristã na sua fase de maior desenvolvimento nas sociedades americanas.
e) eram liderados por políticos republicanos radicais, insatisfeitos com os rumos tomados pelo governo.



8) Além das funções rituais, a religião historicamente tem desempenhado o papel de catalisadora do protesto social. Nos movimentos messiânicos isso ocorre de forma clara, pois estão ligados a crises de estrutura e organizações sociais.
(Elizete da Silva, Entre a fé e a política. Nossa História, n.º 30, 2006).
No Brasil podem ser considerados movimentos messiânicos
a) a Revolta da Chibata e a Coluna Prestes.
b) a Revolta do Quebra Quilo e a Questão das Salvações.
c) a Revolta de Canudos e a Guerra do Contestado.
d) a Revolta dos Mücker e a Guerra dos Cabanos.
e) a Revolta do Caldeirão e a Guerra dos Farrapos.



9) Escreva C (correta) ou I (incorreta) para cada uma das afirmativas abaixo, referentes aos movimentos sociais rurais no início da República brasileira. 
(__) Na Guerra do Contestado, ocorrida numa região disputada por Santa Catarina e o Paraná, os posseiros lutaram para não serem expulsos da terra, entregue a uma empresa americana.
(__) O movimento de Canudos, liderado por Antônio Conselheiro, localizou-se na Bahia e enfrentou a condenação da Igreja Católica e a repressão do Exército e dos coronéis.
(__) Os jagunços de Antônio Conselheiro e do Monge José Maria estavam imbuídos de sentimentos e práticas milenaristas, a exemplo do Sebastianismo.
(__) O repúdio que os fiéis do Contestado e de Canudos votavam à República se devia à ausência do Estado, de forma positiva, no dia-a-dia dos sertanejos.
Você obteve:
a) C, I, I e C.
b) I, C, C e I.
c) I, I, C e I.
d) C, C, C e C.



10) Do final do século XIX aos primeiros trinta anos do século XX, o sistema da República Velha se viu agitado por uma série de movimentos sociais. Com relação a eles, leia os itens.
I. Movimento dos marinheiros dos navios de guerra brasileiros, revoltados contra os baixos soldos e os castigos corporais na Marinha.
II. Conflito entre a população miserável do nordeste e os grandes fazendeiros apoiados pelo poder público, com um componente de religiosidade popular.
III. Explosão da insatisfação da população urbana do Rio de Janeiro contra a carestia, remodelação da cidade e as medidas sanitárias impostas pelo governo.
IV. Revolta camponesa na região fronteiriça de Paraná e Santa Catarina, devido a questões de posse de terras, envolvendo a empresa Brazil Railway e os grandes proprietários locais.
V. Manifestações da baixa oficialidade do exército que perdurou durante toda a década de 1920 através de inúmeros movimentos localizados.
Os itens tratam, respectivamente, dos seguintes movimentos:
a) Guerra de Canudos; Guerra do Contestado; Tenentismo; Revolta da Chibata; Revolta da Vacina.
b) Revolta da Chibata; Guerra de Canudos; Revolta da Vacina; Guerra do Contestado; Tenentismo.
c) Tenentismo; Guerra de Canudos; Revolta da Chibata; Revolta da Vacina; Guerra do Contestado.
d) Revolta da Vacina; Revolta da Chibata; Guerra do Contestado; Guerra de Canudos; Tenentismo.
e) Guerra do Contestado; Tenentismo; Revolta da Chibata; Guerra de Canudos; Revolta da Vacina.



11) Na última década do século XIX e nas duas primeiras do século XX aconteceram duas grandes revoltas populares no Brasil: a Guerra de Canudos (1893-1897), no sertão da Bahia, e a Guerra do Contestado (1912-1916), em Santa Catarina. Segundo a historiografia, ambos os movimentos estavam inseridos no quadro geral do início da República Velha e tiveram como causas a concentração fundiária, a marginalização social, a pobreza e a miséria. Assinale a afirmativa correta.
a) As duas revoltas foram rebeliões contra o governo e suas lideranças pregavam as ideias do socialismo.
b) Ambos os movimentos tiveram um cunho religioso e foram comandados por líderes messiânicos.
c) Ambas aconteceram em regiões pobres e abandonadas e contaram com o apoio de algumas lideranças políticas locais.
d) Os dois movimentos se disseminaram por uma vasta região e não tiveram uma base geográfica fixa.
e) Apesar da severa repressão, em ambos os casos os revoltosos atingiram parte expressiva de seus objetivos.



12) O período histórico brasileiro conhecido como República Velha foi caracterizado por diversas revoltas.
Acerca desse contexto, analise as afirmações a seguir. 
I. A Coluna Prestes foi um movimento de apoio às oligarquias de São Paulo e Minas Gerais, combatendo os movimentos sociais da República Velha.
II. Na Revolta da Vacina, a população protestou contra a falta de apoio do governo aos graves problemas de saúde pública ocorridos na cidade do Rio de Janeiro.
III. A Revolta do Forte de Copacabana estava inserida no movimento tenentista.
IV. No Rio de Janeiro, uma revolta militar conseguiu acabar com o castigo de chibatadas que era utilizado na Marinha do Brasil.
V. Canudos e Contestado foram movimentos sociais de caráter messiânico.
Todas as afirmações corretas estão em:
a) I - II - III
b) II - III - V
c) III - IV
d) III - IV - V


13) Entre o final do século XIX e início do século XX, vários movimentos contestatórios agitaram a jovem República Brasileira, entre eles, podemos destacar: a Guerra de Canudos, a Revolta da Chibata e a Revolta do Contestado. Esses movimentos e a reação do governo ajudavam a consolidar a ideia do “mito fundador republicano”, por um lado, representado pelas forças da ordem (militares) e, por outro, pelo anti-herói, do líder popular. Nesse sentido, podemos classificar como anti-heróis, respectivamente:
a) Oswaldo Cruz, Benjamin Constant e Manoel Julião.
b) Lampião, Deodoro da Fonseca e José Maria.
c) Rui Barbosa, Oswaldo Cruz e Antônio Conselheiro.
d) João Cândido, Duque de Caxias e Lampião.
e) Antônio Conselheiro, João Cândido e José Maria.



14) O período de afirmação da República no Brasil, em especial aquele compreendido entre a última década do século XIX e as duas primeiras do século XX, foi palco de várias revoltas e motins que, muitas vezes, manifestavam o descontentamento popular com o novo regime. Sobre essa realidade, analise as afirmações seguintes:
I. As revoltas se restringiram ao espaço urbano, demonstrando o conformismo da população rural de então.
II. A Revolta da Vacina (1904) no Rio de Janeiro é exemplo das manifestações populares na Capital Federal.
III. Canudos foi um exemplo de agitação no campo a qual conturbou também os anos iniciais do regime republicano no Brasil.
IV. A Guerra do Contestado (1912-1916) foi outro exemplo do conflito no campo, tendo como palco o estado do Pará.
V. A Revolta da Chibata (1910), restrita ao interior da marinha, também está nesse contexto da jovem república.
Estão CORRETAS
a) I, II e III.
b) II, III e V.
c) I, III e V.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.



15) Relacione os movimentos sociais ocorridos, no Brasil, durante a Primeira República (1889-1930), apresentados na COLUNA A, às características que os identificam, listadas na COLUNA B.
COLUNA A
1 - Revolta da Vacina (1904)
2 - Guerra de Canudos (1893-1897) 
3 - Guerra do Contestado (1912-1916)
COLUNA B
(__) Foi um movimento messiânico, ocorrido na fronteira entre o Paraná e Santa Catarina.
(__) Foi expressão dos conflitos de uma sociedade marcada pelo poder do latifúndio, sendo caracterizada pela extrema violência da nascente República; teve como líder Antônio Conselheiro.
(__) Foi uma reação popular ao autoritarismo do projeto de modernização da capital federal, cujas obras foram comandadas pelo prefeito Pereira Passos.
Assinale a alternativa que preenche corretamente os parênteses, de cima para baixo.
a) 1 – 2 – 3
b) 3 – 1 – 2
c) 2 – 1 – 3
d) 2 – 3 – 1
e) 3 – 2 – 1



16) Durante a Primeira República, os movimentos de Canudos e do Contestado, o cangaço, as revoltas da Vacina e da Chibata expressaram
a) a necessidade de democratizar as instituições, que ainda refletiam o caráter religioso e censitário do Estado.
b) a exclusão política, social e econômica da maioria da população, que estava submetida às oligarquias.
c) o processo de modernização das cidades, que excluiu as camadas médias e gerou esses conflitos armados.
d) a influência das ideologias de esquerda, que também orientavam as greves operárias e o tenentismo.
e) a insatisfação das massas camponesas, que não tinham acesso à terra produtiva nem o direito de voto.



17) No final do século XIX, o contexto político brasileiro modificou-se. Com a queda do Império, a oligarquia do sudeste firmou-se no poder do país, estabelecendo um longo período de predomínio dos interesses paulistas e mineiros na condução das diretrizes políticas da República Velha. Em função da centralização de poder no sudeste, ocorreram diversas revoltas em diferentes estados do Brasil. Dentre estas, destacam-se
a) a Guerra de Canudos, a Guerra Federalista, a Greve Geral de 1917, a Guerra do Contestado e a Revolta da Chibata.
b) a Guerra da Cisplatina, a Guerra Farroupilha, a Conjuração Baiana, a Guerra do Contestado e a Revolta da Chibata.
c) a Guerra de Canudos, a Guerra Federalista, a Conjuração Baiana, a Balaiada e a Confederação do Equador.
d) a Conjuração Baiana, a Guerra Farroupilha, a Guerra do Contestado, a Revolta da Chibata e o Tenentismo.
e) a Guerra da Cisplatina, a Conjuração Baiana, a Inconfidência Mineira e a Revolta dos Malês.



18) A análise de movimentos messiânicos, ocorridos no sertão do Brasil, a exemplo de Canudos (Bahia, 1897), de revoltas populares urbanas, a exemplo da Revolta da Vacina (Rio de Janeiro, 1904), e da Revolta da Chibata (Navio Minas Gerais da Marinha do Brasil, 1910), permite demonstrar que
a) do ponto de vista dos dois brasis, há semelhanças, quando a pobreza, a carência e a exclusão são tomadas como fator de referência.
b) os fatores religiosos estiveram presentes na origem de todos eles, demonstrando a força da religiosidade do brasileiro em suas ações coletivas.
c) as maiores dificuldades socioeconômicas foram observadas nos movimentos urbanos, comprovando a maior presença do Brasil pobre nas cidades.
d) a Revolta da Chibata constituiu-se um fato isolado, pois, em 1910, as questões que distanciavam os dois brasis já tinham sido superadas.
e) os três movimentos ocorreram por motivos diferentes, dissociados da classificação dos dois brasis, indicada no texto.



19) Na capital da oligárquica república brasileira, no início do século XX, ocorreram duas grandes significativas rebeliões populares: a "Revolta da Vacina" (1904) e a "Revolta da Chibata" (1910), que denunciavam o caráter antipopular e antidemocrático da nova ordem política da nação.
A violência com que as elites desarticularam esses movimentos, com a morte, prisões e o desterro de vários dos seus participantes, aponta para as camadas populares as contradições do que significava ser cidadão numa ordem republicana.
Quais as razões dessas contradições?
a) A necessidade de modernizar o Brasil e garantir a "ordem e o progresso" do País.
b) A implantação de um modelo "civilizador" "cientificista" e "universal", que considerava as camadas populares e suas culturas como coisas "rudes" e "selvagens".
c) A necessidade de modernizar a saúde pública e garantir higiene e conforto a toda a sociedade.
d) As contradições entre os interesses da população negra e os dos marinheiros da "armada brasileira".
e) A importação de um modelo de "civilização" europeu que afirmava o respeito aos valores e culturas locais.

Olá!

Olá! Sou  Ana Paula, professora de Inglês, e atualmente faço parte da Direção do Colégio Estadual Florestal em Nova Canaã. Venho por ...