segunda-feira, 13 de julho de 2020

PROFESSOR SILVIO- LPLB- 3ºANO




COLÉGIO ESTADUAL FLORESTAL
professor: Silvio                        LPLB                                        Data: _____/_____/______
Aluno: ___________________________________ SÉRIE /TURMA: _3º Ano_________


 

ÁREA DO CONHECIMENTO: LINGUAGENS
12 a 17/07 2020
Literatura
Tema: Romantismo - Castro Alves X Victor Hugo: uma análise da terceira fase romântica


























Atividade

Victor Hugo, autor de “Os Miseráveis”, de 1862 (escrito no exílio), e Castro Alves, autor de “Vozes D’África”, de 1868, construíram suas perspectivas literárias sobre uma base bem parecida: a Terceira Geração Romântica ou Condoreirismo.

Embora saibamos que os cenários sociais e políticos tenham sido diversos, a concepção do condoreirismo francês tem uma denotação de lutas advindas da Revolução Francesa, enquanto o brasileiro teve seu contexto na Independência do Brasil, com todo o seu ambiente de continuidade e ineficácia. Sobre Castro Alves, leia o trecho abaixo:

Castro Alves viveu entre os anos de 1847 e 1871, período do Segundo Reinado brasileiro e de diversas agitações políticas. O cenário nacional fora marcado pela Guerra do Paraguai, que se estendeu entre 1864 e 1870, conflito que durou mais tempo do que o esperado e que contribuiu para diminuir a popularidade de Dom Pedro II, fazendo crescer os ideais republicanos.

A Inglaterra, já em avançado desenvolvimento industrial, pressionava o governo brasileiro para a abolição da escravatura, promulgando leis como a Bill Aberdeen, de agosto de 1845, que autorizava os britânicos a prender qualquer navio suspeito de traficar escravos no Oceano Atlântico.

A legislação brasileira, em 1850, lançou mão da Lei Eusébio de Queirós, proibindo definitivamente o tráfico de mão de obra escrava no país. No entanto, as elites agrárias, poderosas e influentes, ainda encontravam maneiras de fazer ingressar novos escravos no Brasil. Foi apenas a partir da Lei Nabuco de Araújo, de 1854, que o governo brasileiro conseguiu fazer cumprir a Lei Eusébio de Queirós.

Ainda que novos africanos não pudessem ingressar no país em situação de escravidão, e ainda que o debate abolicionista estivesse em pauta, a escravatura continuava oficial no Brasil, perpetuando o ciclo desumano e racista dos tempos coloniais. Crescia lentamente uma cultura urbana e o Brasil rural via-se cada vez mais desgastado, trazendo à tona a repulsa pela política do senhor-e-servo e aumentando os anseios por um ideal democrático. Esse acalorado certame influenciou diretamente a obra de Castro Alves, cujo engajamento social debruçava-se principalmente sobre a urgente necessidade abolicionista.

Grande nome do Condoreirismo, a última geração de escritores românticos brasileiros, Castro Alves encontra pares em Tobias Barreto e Joaquim de Sousa Andrade, também engajados em questões sociais, característica principal da produção literária do período.

Sobre o contexto da obra de Victor Hugo, veja o trecho abaixo:

Os Miseráveis, do escritor francês Victor Hugo, foi escrito em 1862 e é uma narração de caráter social em que o misticismo, a fantasia e a denúncia das injustiças formam uma trama complexa, onde descreve vividamente, ao tempo de condenação, a injustiça social da França do século XIX.

Os Miseráveis é uma obra grandiosa no estilo narrativo e descritivo de Hugo, que esbanja a elegância, a riqueza e o fausto do barroco. Mas o romântico autor





transcende os floreios da linguagem recheando essa estrutura estilística de um conteúdo rico e psicologicamente profundo: os movimentos dramáticos da alma humana sacudida por um turbilhão de anseios, sentimentos e emoções. É também grandioso pelos personagens intensos e extremados, figuras humanas que como Jean Valjean e o próprio policial Javert, perseverante, obstinado e frio, vivem sob a égide inabalável de princípios e ideais, a ponto de serem quase que sufocados pelas consequências emocionais de seus próprios atos. Os personagens são dotados de uma humanidade que resvala, por vezes para o belo mas também para o bizarro. Os cenários são descritos com riqueza de detalhes que podemos visualizá-los e imaginar que estamos nas cidadelas da França do século XIX ou vivendo a Batalha de Waterloo.

O romance conta a triste história de um homem (Jean Valjean), que, por ver os irmãos passarem fome, rouba um pedaço de pão e é condenado a 5 anos de prisão. Devido às tentativas de fuga e mau comportamento na cadeia, acaba sofrendo outras condenações, pagando 19 anos de reclusão. O livro é uma denúncia contra as injustiças do poder judiciário que vem se repetindo em todas as épocas. Para o autor, o mundo é o terreno onde se defrontam os mitos, o bem e o mal, a bondade e a crueldade.

1)      A partir da leitura desses textos e informações do seu livro didático, quais os pontos de semelhança e as principais diferenças entre a obra e o contexto político-social de Castro Alves e Victor Hugo?

2)      Você identifica alguma similaridade em relação ao momento atual pelo qual o Brasil e o mundo estão passando? Concordando ou discordando, apresente os seus argumentos.





Onde encontro o conteúdo

-  Livro didático de Literatura, com apoio do livro de História.
-      Sobre Castro Alves, o conteúdo transcrito acima foi extraído do site: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/castro-alvespoeta-dos-escravos.htm. A obra Vozes d’África encontra-se disponível em Domínio Público: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/jp000010.pdf.

-   Sobre a obra de Victor Hugo, o conteúdo transcrito acima foi extraído do site: https://www.passeiweb.com/estudos/livros/os_miseraveis. A obra (em inglês) encontra-se                   disponível                   em                   Domínio                    Público: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ph000284.pdf

Objetivo

Diferenciar perspectivas sociais, políticas, históricas e geográficas nas obras de Castro Alves e Victor Hugo.

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2 comentários:

Olá!

Olá! Sou  Ana Paula, professora de Inglês, e atualmente faço parte da Direção do Colégio Estadual Florestal em Nova Canaã. Venho por ...