COLÉGIO
ESTADUAL FLORESTAL
professor:
Silvio LPLB Data: _____/_____/______
Aluno:
___________________________________ SÉRIE /TURMA: _3º Ano_________
ÁREA DO CONHECIMENTO: LINGUAGENS
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12 a 17/07 2020
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Literatura
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Tema:
Romantismo - Castro Alves X Victor Hugo: uma análise da terceira fase
romântica
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Atividade
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Victor Hugo, autor de “Os Miseráveis”, de 1862 (escrito no exílio), e
Castro Alves, autor de “Vozes D’África”, de 1868, construíram suas
perspectivas literárias sobre uma base bem parecida: a Terceira Geração
Romântica ou Condoreirismo.
Embora saibamos que os cenários sociais e políticos tenham sido
diversos, a concepção do condoreirismo francês tem uma denotação de lutas
advindas da Revolução Francesa, enquanto o brasileiro teve
seu contexto na Independência do Brasil, com todo o seu ambiente de
continuidade e ineficácia. Sobre Castro Alves, leia o trecho abaixo:
Castro Alves viveu entre os anos
de 1847 e 1871, período do Segundo Reinado brasileiro e de diversas agitações
políticas. O cenário nacional fora marcado pela Guerra do Paraguai, que se
estendeu entre 1864 e 1870, conflito que durou mais tempo do que o esperado e
que contribuiu para diminuir a popularidade de Dom Pedro II, fazendo crescer
os ideais republicanos.
A Inglaterra, já em avançado
desenvolvimento industrial, pressionava o governo brasileiro para a abolição
da escravatura, promulgando leis como a Bill Aberdeen, de agosto
de 1845, que autorizava os britânicos a prender qualquer navio suspeito de
traficar escravos no Oceano Atlântico.
A legislação brasileira, em
1850, lançou mão da Lei Eusébio de Queirós, proibindo definitivamente o
tráfico de mão de obra escrava no país. No entanto, as elites agrárias,
poderosas e influentes, ainda encontravam maneiras de fazer ingressar novos escravos no Brasil. Foi apenas a partir da Lei Nabuco
de Araújo, de 1854, que o governo brasileiro conseguiu
fazer cumprir a Lei Eusébio de Queirós.
Ainda que novos africanos
não pudessem ingressar no país em situação de escravidão, e ainda que o
debate abolicionista estivesse em pauta, a escravatura continuava oficial no
Brasil, perpetuando o ciclo desumano e racista dos tempos coloniais. Crescia
lentamente uma cultura urbana e o Brasil rural via-se cada vez mais
desgastado, trazendo à tona a repulsa pela política do senhor-e-servo e
aumentando os anseios por um ideal democrático. Esse acalorado certame
influenciou diretamente a obra de Castro Alves, cujo engajamento social
debruçava-se principalmente sobre a urgente necessidade abolicionista.
Grande nome do
Condoreirismo, a última geração de escritores românticos brasileiros, Castro
Alves encontra pares em Tobias Barreto e Joaquim de Sousa Andrade, também
engajados em questões sociais, característica principal da produção literária
do período.
Sobre o contexto da obra de Victor Hugo, veja o trecho abaixo:
Os Miseráveis, do escritor
francês Victor Hugo, foi escrito em 1862 e é uma narração de caráter social
em que o misticismo, a fantasia e a denúncia das injustiças formam uma trama
complexa, onde descreve vividamente, ao tempo de condenação, a injustiça
social da França do século XIX.
Os
Miseráveis é uma obra grandiosa no estilo narrativo e descritivo de Hugo, que
esbanja a elegância, a riqueza e o fausto do barroco. Mas o romântico autor
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transcende os floreios da
linguagem recheando essa estrutura estilística de um conteúdo rico e
psicologicamente profundo: os movimentos dramáticos da alma humana sacudida por um turbilhão de anseios, sentimentos e emoções. É também
grandioso pelos personagens intensos e extremados, figuras humanas que como
Jean Valjean e o próprio policial Javert, perseverante, obstinado e frio,
vivem sob a égide inabalável de princípios e ideais, a ponto de serem quase
que sufocados pelas consequências emocionais de seus
próprios atos. Os personagens são dotados de uma humanidade que resvala, por
vezes para o belo mas também para o bizarro. Os cenários são descritos com
riqueza de detalhes que podemos visualizá-los e imaginar que estamos nas cidadelas da França do século XIX ou vivendo a Batalha de Waterloo.
O romance conta a triste
história de um homem (Jean Valjean), que, por ver os irmãos passarem fome, rouba um pedaço de pão e é condenado a 5 anos
de prisão. Devido às
tentativas de fuga e mau comportamento na cadeia, acaba sofrendo outras
condenações, pagando 19 anos de reclusão. O livro é uma denúncia contra as
injustiças do poder judiciário que vem se repetindo em todas as épocas. Para
o autor, o mundo é o terreno onde se defrontam os mitos, o bem e o
mal, a bondade e a crueldade.
1) A partir da leitura desses textos e informações do seu livro
didático, quais os pontos de semelhança e as principais diferenças entre a
obra e o contexto político-social de Castro Alves e Victor Hugo?
2) Você identifica alguma similaridade em relação ao momento atual pelo
qual o Brasil e o mundo estão passando? Concordando ou discordando, apresente
os seus argumentos.
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Onde encontro o conteúdo
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Livro didático de Literatura,
com apoio do livro de História.
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Sobre Castro Alves, o conteúdo
transcrito acima foi extraído do site:
https://brasilescola.uol.com.br/literatura/castro-alvespoeta-dos-escravos.htm.
A obra Vozes d’África encontra-se disponível em Domínio Público:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/jp000010.pdf.
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Sobre a obra de Victor Hugo, o
conteúdo transcrito acima foi extraído do site: https://www.passeiweb.com/estudos/livros/os_miseraveis.
A obra (em inglês) encontra-se disponível em Domínio Público: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ph000284.pdf
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Objetivo
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Diferenciar
perspectivas sociais, políticas, históricas e geográficas nas obras de Castro
Alves e Victor Hugo.
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Retorno da
atividade
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