terça-feira, 6 de outubro de 2020

LPLB-PROFESSOR SILVIO-2ºANO

 

 

 

 

Área do Conhecimento:

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Disciplina:

LÍNGUA PORTUGUESA

Período:

05 de outubro 2020

 

Atividade:

I. Leia com atenção o texto abaixo e em seguida responda às questões propostas nesta atividade:

 

COMO SER ANTIRRACISTA, SEGUNDO QUATRO ATIVISTAS

Rafael Ciscati

 

          No Brasil, o racismo é um fenômeno facilmente expresso em números. Pretos e pardosrepresentam 56% da população. Mesmo assim, são minoria nos espaços de decisão: ocupam pouco mais de 29% dos cargos de gerência nas empresas brasileiras. Entre os mais pobres, os negros são muitos: dentre os 10% dos brasileiros com menor renda familiar mensal, 75% são negros. Entre os que morrem, eles são maioria: uma pessoa negra tem 2,7 vezes mais chances de ser vítima de homicídio que uma pessoa branca.

          Os dados constam no estudo “Desigualdades sociais por cor ou raça no Brasil”, divulgado neste mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Traçam um quadro desanimador: mais de 100 anos passados desde o fim da escravidão, um abismo parece separar negros e brancos no país. Quase metade dos negros no Brasil vive em domicílios sem ao menos um serviço de saneamento básico, como esgotamento doméstico ou acesso a água potável. O problema afeta toda a população. Mas, entre brancos, esse percentual é muito menor: menos de 28%. Há mais negros desempregados que brancos. Negros são maioria entre os analfabetos. E, apesar de ter aumentado o número de estudantes pretos ou pardos no ensino superior (em 2018, eles passaram a representar 50,3% dos alunos matriculados em universidades públicas), as chances de um jovem negro cursar uma faculdade ainda são bem menores que as de um jovem branco: em 2018, 80% dos brancos entre 18 e 24 anos que estudavam estavam na universidade. Entre os negros, esse percentual caía para 56%.

          “Há, no Brasil, uma exclusão estrutural, que atravessa sobretudo pessoas negras, pessoas racializadas, moradores de territórios de favela e de territórios periféricos” afirma Mariah Rafaela da Silva, pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e militante do Grupo Conexão G. O Brasil, esses dados mostram, é um país racista: “Ainda que muita gente negue”, lembra a socióloga Waneska Viana, pesquisadora do Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares, do Recife.

          No Dia da Consciência Negra, a Brasil de Direitos convidou quatro ativistas para refletir sobre as relações raciais no país. Cada qual apresenta suas conclusões acerca de uma questão fundamental: se vivemos em uma sociedade estruturada pelo racismo, como ser antirracistas? A questão parte de uma frase da intelectual e ativista estadunidense Ângela Davis. Em 1979, enquanto discursava para uma plateia na cidade de Oakland, na Califórnia, Davis disse: ““Numa sociedade racista, não adianta não ser racista, nós devemos ser antirracistas”. [...]

 

Disponível em: https://www.brasildedireitos.org.br/noticias/514-como-serantirracista-segundo-quatroativistas?gclid=CjwKCAjwxev3BRBBEiwAiB_PWN9J_DlxQSBI4SmokkBQyBg21o41b AFR16dRAoRtqKpQdEaeqSMNxRoCVYgQAvD_BwE. Acesso em: 30 jun. 2020.

 

II. Agora é sua vez! Responda as questões proposta com base nas informações trazidas pelo texto:

 

01. Qual o objetivo do autor ao trazer estatísticas percentuais no texto?

 

02. O autor lança a desigualdade por cor a partir de um fato histórico. Qual é este fato?

 

03. Segundo o texto, o que faz com que a diferença percentual de acesso aos benefícios sociais entre negros e brancos?

 

04. No penúltimo parágrafo, chega-se a uma conclusão. Qual é ela?

 

05. Qual o dilema expresso no último parágrafo?

 

 

Objetivo

 

Compreender e interpretar informações trazidas em textos diversos.

 

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