COLÉGIO ESTADUAL FLORESTAL
EDUCADORA:LÍLIA MÁRCIA TURMA:1 VESP/NOT.
MATÉRIA: ARTES
Arte Egípcia
Entre as civilização da Antiguidade, a mais longeva
e uma das principais foi a que se desenvolveu no Egito. Estendeu-se por 30
séculos de uma civilização bastante complexa em sua organização social e
riquíssima em suas realizações culturais.
Seis grandes dinastias se sucederam: Monarquia
Antiga ou Antigo Império (3100 a 2181 a.C., I – IV dinastias faraônicas ) que
se inicia com a unificação do Alto e do Baixo Egito.
Segue o primeiro período intermediário (2181
a 2133 a.C., VII – X dinastias) obscura fase de guerras civis e divisões
internas, que dá início à Monarquia Média (2133 a 1786 a.C., XI – XII
dinastias). O país, após a invasão dos Hicsos, passa por divisões chamado
de segundo período intermediário (1786 a 1567 a.C., XIII – XVII dinastias).
A XVII dinastia, com seu fundador Ahmose, consegue
libertar e reunificar o país, iniciando a Monarquia Recente ou Império Novo
(1567 a 1088 a.C., XVIII – XX dinastias) o momento de maior esplendor da
civilização egípcia.
Com a XXI dinastia inicia-se um período de
decadência que permanece sem alteração até a conquista pelos Romanos, no anos
30 a.C.
Como sua história e cultura observava uma grande
unidade de estilos e de objetivos o que fez que outras civilizações não tiveram
influência significativa sobre o Egito, acontecendo o inverso quando dominada,
por exemplo pelos romanos, esses outros povos é que absorviam muito dos seus
usos e costumes.
A religião invadiu toda a vida egípcia,
interpretando o universo, justificando sua organização social e política,
determinando o papel de cada classe social e, consequentemente, orientando toda
a produção artística desse povo.
Além de crer em deuses que poderiam interferir na
história humana, os egípcios acreditavam também numa vida após a morte e
achavam que essa vida era mais importante do que a que viviam no presente. O
fundamento ideológico da arte egípcia é a glorificação dos deuses e do rei
defunto divinizado, para o qual se erguiam templos funerários e túmulos
grandiosos, o que não surpreende pelo fato dos estilos artísticos permanecerem
iguais por cerca de três mil anos.
Dessa forma, apesar da permanência de estilo os
egípcios desenvolveram-se de forma grandiosa na literatura, nas ciências
médicas e na alta matemática. O que também manteve a civilização egípcia
unificada e grandiosa.
ARQUITETURA
As pirâmides do deserto de Gizé são as obras
arquitetônicas mais famosas e foram construídas por importantes reis do Antigo
Império: Quéops, Quéfren e Miquerinos. Junto a essas três pirâmides está a
esfinge mais conhecida do Egito, que representa o faraó Quéfren, mas a ação
erosiva do vento e das areias do deserto deram-lhe, ao longo dos séculos, um
aspecto enigmático e misterioso.
A Esfinge representa o corpo de um leão (força) e a
cabeça humana (sabedoria). Eram colocadas na alameda de entrada do templo para
afastar os maus espíritos.
Obeliscos eram colocados à
frente dos templos para materializar a luz solar.
As características gerais da arquitetura egípcia
são:
- solidez e durabilidade;
- sentimento de eternidade;
- aspecto misterioso e impenetrável.
As pirâmides tinham base quadrangular eram feitas
com pedras que pesavam em média duas toneladas e meia cada uma, mediam dez
metros de largura, além de serem admiravelmente lapidadas. A porta da frente da
pirâmide voltava-se para a estrela polar, a fim de que seu influxo se
concentrasse sobre a múmia. O interior era um verdadeiro labirinto que ia dar
na câmara funerária, local onde estava a múmia do faraó e seus pertences. O
calcário branco foi utilizado para revestir as pirâmides.
É importante destacar que para as construções
“comuns” eles utilizavam os adobes – tijolos feitos de barro secados ao sol. As
pedras eram utilizadas para as construções que deviam ser “perenes”.
VALE DOS REIS E RAINHAS
Vale dos Reis, situado a 643 quilômetros ao sul do
Cairo, na margem oeste do Nilo, no lado oposto ao da atual cidade de Karnak, é
rodeado por escarpas íngremes formadas por rochas calcárias. O Vale dos Reis,
parte da antiga cidade de Tebas (Luxor), foi o local de sepultamento de quase
todos os faraós da XVIII, da XIX e da XX dinastias que reinaram,
aproximadamente, entre 1550 e 1070 a.C.
Artistas e pedreiros cavaram e decoraram
quilômetros de corredores subterrâneos para a vida após a morte de dezenas de
reis, suas esposas, filhos e principais ministros. A maioria das câmaras foi
saqueada na antiguidade. Após o reinado caótico de Ramsés XI (c. 1100 a 1070
a.C.), os enterros no vale cessaram abruptamente, após sua morte, a milenar
unificação do Estado egípcio se quebrou. O vale, antes constantemente
policiado, foi pilhado repetidamente por centenas de anos. Nenhuma tumba
conhecida sobreviveu completamente sem ter sido saqueada. A tumba de
Tutancâmon, também localizada nesse vale, foi encontrada pelo arqueólogo
britânico Howard Carter em 1922, é dela que temos maiores informações sobre a
vida no palácio com moveis e adereços ricamente adornados, assim como os ritos
fúnebres que cercavam o faraó.
O TEMPLO EGÍPCIO
O templo egípcio toma a sua forma definitiva sob o
Império Novo. A sua planta revela a transposição em pedra do palácio real. Da
mesma forma que o palácio, o templo divide-se em três partes: a primeira
reservada à introdução, a segunda à recepção e a última à vida privada.
No interior de uma cerca de tijolos cru fica o
templo de pedra que é composto por duas partes monumentais, precedidos por dois
obeliscos, conduzindo a um pátio aberto, ornado com colunas, A decoração ficava
por conta da imensidão de colunas que sustentavam as grandiosas construções.
Os tipos de colunas dos templos egípcios são
divididas conforme seu capitel:
- Palmiforme – flores de palmeira;
- Papiriforme – flores de papiro aberta ou fechada;
- Lotiforme – flor de lótus.
PINTURA
A decoração colorida era um poderoso elemento de
complementação das atitudes religiosas.
Suas características gerais são:
- ausência de três dimensões;
- ignorância da profundidade;
- colorido a tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicação do relevo;
- Lei da Frontalidade que determinava que o tronco da pessoa fosse representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos de perfil.
A hierarquia na pintura era representada pelo
tamanho das pessoas, ou seja, as pessoas com maior importância no reino, eram
representadas maiores em relação as outras. Nesta ordem de grandeza tem-se: o
rei, a mulher do rei, o sacerdote, os soldados e o povo. As figuras femininas
eram pintadas em ocre, enquanto que as masculinas, em vermelho.
Os egípcios escreviam usando desenhos, não
utilizavam letras como nós. Eles desenvolveram três formas de escrita:
- Hieróglifos – considerados a escrita sagrada;
- Hierática – uma escrita mais simples, utilizada pela nobreza e pelos sacerdotes;
- Demótica – a escrita popular.
O Livro dos Mortos é um rolo de papiro com rituais
funerários que era posto no sarcófago do faraó morto, era ilustrado com cenas
muito vivas, que acompanham o texto com singular eficácia. Formado de tramas de
fibras do tronco de papiro, as quais eram batidas e prensadas transformando-se
em folhas.
ESCULTURA
Os escultores egípcios representavam os faraós e os
deuses em posição serena, quase sempre de frente, sem demonstrar nenhuma
emoção. Pretendiam com isso traduzir, na pedra, uma ilusão de imortalidade. Com
esse objetivo ainda, exageravam frequentemente as proporções do corpo humano,
dando às figuras representadas uma impressão de força e de majestade.
Os Usciabtis eram figuras funerárias em miniatura,
geralmente esmaltadas de azul e verde, destinadas a substituir o faraó morto
nos trabalhos mais ingratos no além, muitas vezes coberto de inscrições.
Os baixos-relevos egípcios, que eram quase sempre
pintados, foram também expressão da qualidade superior atingida pelos artistas
em seu trabalho. Recobriam colunas e paredes, dando um encanto todo especial às
construções. Os próprios hieróglifos eram transcritos, muitas vezes, em
baixo-relevo.
HIERÓGLIFOS
Foram decifrados pelo francês Champolion, que
descobriu o seu significado em 1822, ela se deu na Pedra de Rosetta que foi
encontrada na cidade do mesmo nome no Delta do Nilo. Os hieróglifos foram
decifrados segundo a interpretação europeia, o que pode ter ocasionado que
muitos símbolos da escrita não foram identificados.
PRINCIPAIS ETAPAS DA MUMIFICAÇÃO:
- era retirado o cérebro pelas narinas e colocado em um vaso de pedra chamado Canopo. Os intestinos e outros órgãos vitais eram retirados e preservados em urnas separadas;
- nas cavidades do corpo eram colocadas resinas aromáticas e perfumes;
- as incisões eram costuradas e o corpo mergulhado num tanque com Nitrato de Potássio;
- após 40 dias, o corpo era lavado e enrolado numa bandagem de algodão, embebida em betume, que servia como impermeabilização.
GRANDE TEMPLO DE RAMSÉS II
Quando a grande Barragem de Assuã foi concluída
em 1970, dezenas de construções antigas do sul do país foram, literalmente, por
água abaixo, engolidas pelo Lago Nasser. Entre as raras exceções desse drama do
deserto, estão os templos erguidos pelo faraó Ramsés II, em Abu Simbel. Em
1964, uma faraônica operação coordenada pela Unesco com recursos de vários
países – um total de 40 milhões de dólares – removeu pedra por pedra e
transferiu templos e estátuas para um local 61 metros acima da posição
original, longe da margem do lago. O maior deles é o Grande Templo de Ramsés
II, encravado na montanha de pedra com suas estátuas do faraó de 20 metros de
altura. Além de salvar este valioso patrimônio, a obra prestou uma homenagem ao
mais famoso e empreendedor de todos os faraós.
QUEÓPS
É a maior das três pirâmides, tinha originalmente
146 metros de altura, um prédio de 48 andares. Nove metros já se foram, graças
principalmente à ação corrosiva da poluição vinda do Cairo. Para erguê-la,
foram precisos cerca de 2 milhões de blocos de pedras e o trabalho de cem mil
homens, durante vinte anos.
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