terça-feira, 4 de agosto de 2020

HISTORIA- MARCIA CRISTINA-1ºANO A e B




Atividade nº 9 do Período de Quarentena



Tema: África: berço da humanidade e da civilização


Leia com atenção os textos 1 e 2 abaixo.
TEXTO 1
As Primeiras Sociedades Humanas
O crescimento das comunidades, a ampliação de sua capacidade de produção, o desenvolvimento de novas técnicas e a luta contra outros grupos teria promovido mudanças nas relações das primeiras sociedades humanas.
Gradativamente, uma produção excedente passou a ser estocada. Uma parte dessa produção era oferecida, como sacrifício, aos deuses. Os membros da comunidade encarregados das funções religiosas passaram, então, a administrar esse excedente e as oferendas.
Em algumas sociedades, essas pessoas começaram a se diferenciar do restante da comunidade. Deixaram de trabalhar diretamente na produção dos bens e dedicavam-se somente à administração deles. Passaram também a contar com determinados privilégios sociais. Desfrutando maior conforto e ocupando-se dos ritos e cerimônias religiosas, esses membros começaram a diferenciar-se dos das demais pela função social que desempenhavam.
A fertilidade da terra era fundamental para a sobrevivência da comunidade. E essa fertilidade era atribuída tanto às técnicas agrícolas e de irrigação que se desenvolviam, quanto à vontade dos deuses. Para convencer os deuses e demonstrar sua fidelidade, os homens faziam sacrifícios. Ofereciam seus produtos. Ao mesmo tempo, famílias mais antigas e poderosas adquiririam mais prestígios nas decisões e podiam controlar melhor as áreas de cultivo e os maiores rebanhos. Aldeias mais poderosas, com maior número de integrantes ou técnicas guerreiras mais eficazes, passaram a submeter aldeias menores e mais frágeis.
Para garantir que os agricultores continuassem a trabalhar na terra e que cedesse parte de sua produção era necessária uma nova forma de organização política. E novos tipos de funções sociais. Assim criou-se a classe do homem de armas, guerreiros que estabeleciam o controle e a ordem, e defendiam as terras de invasores. E a dos sacerdotes, encarregados da administração.
Inimigos externos, quando derrotados, passaram a ser incorporados à comunidade como escravos. Quanto mais escravos, menor a quantidade de trabalho para os membros da comunidade ou para determinadas famílias da comunidade.
Nas terras das aldeias a propriedade continuava a ser coletiva. Mas as antigas comunidades passaram a formar uma complexa sociedade na qual havia diversas camadas sociais: escravos, camponeses, artesãos, guerreiros. Acima deles, havia uma camada dominante composta por sacerdotes.
As decisões, tomadas anteriormente nas comunidades primitivas a partir da participação coletiva, passaram a ser tomadas individualmente. A partir de então surgiria o Estado, organismo que concentraria as funções de governo, que estabeleceria as regras e leis, promoveria a aplicação da justiça, punindo os membros da sociedade. E garantiria a exploração do trabalho da grande maioria da
população por parte de uma pequena minoria.

As primeiras sociedades organizadas em Estados surgiram em regiões férteis, às margens de rios que alagavam nos períodos de cheias. O aproveitamento do solo, de forma a garantir a sobrevivência das comunidades, dependia de grandes obras, do esforço concentrado e organizado de muitos homens. A construção de diques, canais e de sistemas de irrigação que conduzissem a água para regiões menos férteis ficaram a cargo dos respectivos governos. Era assim que se encontravam muitas sociedades no IV milênio antes da Era Cristã, à beira das águas, nos vales dos rios Hoang-Ho e Yang-Tsé, Tigre e Eufrates e Nilo. Cultivando a terra e criando cidades, foram organizando a política, a ciência, a arte e a filosofia. Fonte: <http://professordehistoria-leonardo.blogspot.com/2009/07/as-primeiras- sociedades-humanas.html> Acesso em: 01 abr. 2020.

TEXTO 2
A necessidade do resgate histórico dos povos africanos
É o continente mais pobre do mundo. Em média, um africano atualmente vive com menos de dois dólares por dia. No que se refere à concentração de renda, estima-se que existem quase 800 milhões de africanos vivendo com menos de um dólar por dia. Apesar disso, há países e regiões prósperos. A África do Sul, por exemplo, produz sozinho um quinto das riquezas do continente, graças à exportação de ouro, minério de ferro, diamante e carvão, além de maciços investimentos em seu parque industrial. Líbia, Argélia e Egito estão entre os países que se destacam pela exploração de petróleo e gás natural, produtos cuja cotação interfere em toda a cadeia produtiva do planeta. Eles estão ao norte da árida região do Saara, o maior deserto do mundo. Com temperaturas superiores a 40ºC, ele representa um terço de todo o território africano. Curiosamente, uma das faixas de terra mais férteis do globo fica nessa área, ao longo das margens do rio Nilo.

África Negra
Abaixo, rumo ao sul, está à África Subsaariana, também chamada de África Negra, palco de guerras civis e conflitos étnico-religiosos. A maior parte deve-se ao processo de descolonização do continente, entre as décadas de 50 e 70. A África, explorada e dividida entre nações europeias, serviu de apoio ao desenvolvimento econômico de nações ricas, como: França, Itália, Alemanha e Reino Unido. Com a saída desses países do território africano, foram traçadas novas fronteiras políticas. O problema é que não foram respeitadas as divisões étnicas, religiosas e linguísticas que existiam anteriormente. Desde então, cerca de 20 nações já entraram em guerra. As disputas envolvem não apenas divergências filosóficas ou religiosas, mas também econômicas. As reservas de minérios, que poderiam impulsionar o desenvolvimento, também são objeto de disputas. Resultado: a economia da região ainda apresenta o mesmo desempenho da década de 60.

O preconceito da África sem História
De há muito tempo o continente africano é apresentado pela imprensa mundial como sendo a área do planeta onde predominam a fome, as guerras, as epidemias, os extermínios em massa, etc. Em suma, é o lugar mundial da pobreza e da morte. A causa dessas calamidades é apresentada como sendo inerentes aos povos africanos, isto é, por estarem ainda no estágio tribal de desenvolvimento, não conseguem viver "civilizadamente". Nesta visão, tudo não passa de um processo de auto extinção dos próprios africanos. Todos os conflitos neste continente são colocados como sendo de caráter étnico ou tratados como meras
guerras tribais.

Estas concepções tentam encobertar as verdadeiras razões atuais que provocam estas situações, como também descartam a realidade histórica da África. Normalmente, quando se fala em História da África pensa-se no tráfico de escravos, dando uma falsa imagem de que os africanos só viveram esta realidade. Por conta disto, levantar algumas questões a respeito do desenvolvimento histórico dos africanos torna-se fundamental, tanto para entender seu momento atual como para romper com preconceitos estabelecidos de que na África não houve História antes da presença europeia, mais claramente, a partir da expansão portuguesa pelo litoral africano no século XV.

O papel de vanguarda tecnológica da África
Existe certo “mal-estar” no campo da ciência em admitir o fato de que o ser humano e seus antepassados se originaram na África. Sabe-se hoje que a humanidade teve seu início neste continente; portanto, foi aí onde as grandes transformações - que geraram o ser humano atual - se fizeram pela primeira vez. Do mesmo modo, as principais descobertas tecnológicas realizadas nos princípios da humanidade são originárias da África - fogo, instrumentos de materiais variados tais como pedras, ossos, madeiras, etc. - descobertas e invenções que possibilitaram a expansão dessa espécie pelo planeta e garantiram sua sobrevivência, apesar das dificuldades do meio físico e das ameaças de outras espécies; portanto, foi na África que o ser humano se transformou em um ser que fabrica ferramentas (tecnologia) e se diferenciou consideravelmente das demais espécies.
A África esteve na vanguarda do desenvolvimento da humanidade não só no seu início como também durante um longo tempo do período chamado de civilização (época a qual até hoje vivemos); portanto, foi também nesta parte do planeta que surgiu o que chamamos a primeira civilização humana: o Egito Antigo. Essa civilização foi apresentada ao mundo por arqueólogos europeus como sendo um povo de "raça" branca. Hoje, historiadores africanos já demonstraram que se tratou de uma civilização de povos negros; na verdade, fora constituída de uma mestiçagem de vários povos africanos existentes ao sul e norte do vale do rio Nilo. As grandiosas realizações desta sociedade são por demais divulgadas em meios de comunicações de vários matizes.

Um dos primeiros sistemas de colonização do mundo
Pouco depois do surgimento dos antigos egípcios apareceu outra civilização africana chamada de Cuxe (Cush). A civilização cuxita se localizou no mesmo curso do rio Nilo, porém mais ao sul numa área denominada Núbia, região de minas de ouro. Durante sua existência, o Estado cuxita manteve variados tipos de relações internacionais com o Estado vizinho, o Egito. De início comercial, depois conflitos territoriais e guerras de fronteiras, posteriormente houve uma invasão egípcia à região da Núbia e o consequente domínio sobre os cuxitas com o objetivo principal de ter sob seu controle as minas de ouro. Com este acontecimento deu-se um processo de aculturação dos núbios, isto é, foram obrigados a aceitar a língua, a escrita, os costumes, as artes e, principalmente, a religião dos dominadores; portanto, não aconteceu somente a ocupação militar, mas também um fenômeno de dominação ideológica. Enfim, deu-se uma completa colonização com todos seus requisitos culturais, ideológicos, econômicos e sociais. Foi um dos mais antigos sistemas de colonização do mundo. Com o tempo, os cuxitas expulsaram os egípcios e conquistaram sua independência. O mais interessante é que posteriormente os cuxitas deram o troco: invadiram o Egito e dominaram esse Estado por meio século tornando-se faraós.

Expansão dos impérios africanos
O processo de criação de Estados e Impérios na África iniciou-se há muito tempo (Egito: 4000 A.C., Cuxe: 2000 a.C.). Entretanto, esteve longe de se resumir a essa região ou cronologia. Na parte ocidental do continente, ao lado do Oceano Atlântico, em torno do grande rio Níger, estados poderosos sucederam-se ao longo dos séculos X e XIV, como por exemplo: os reinos de Gana, Mali e Songai. Perto do litoral do Golfo do Benin, povos se organizaram em cidades-estados independentes como os chamados Yorubás e outros em confederações a exemplo dos Achantis. Mais ao sul, beirando a floresta equatorial, desenvolveram-se os reinos do Congo e Angola. Do outro lado do continente, na sua parte oriental, existiu um Império de nome Monomotapa controlador da rota do ouro desta área, assim como o foi o reino do Gana na África Ocidental. Na costa africana oriental, banhada pelo Oceano Índico, desenvolveu-se uma civilização formada por cidades-estados autônomas e em conflitos pelo domínio dos mares e o comércio internacional com: árabes, indianos e chineses. Estes povos, conhecidos como civilização Swahili, criaram uma cultura tão profundamente enraizada que até hoje marca os países dessa região da África.
Muitos outros exemplos poderiam ser citados, mas acredito serem suficientes esses para nos dar uma ideia de sua variedade e complexidade. Vale ressaltar que todas estas civilizações tiveram sua lógica de surgimento, desenvolvimento, decadência e sucessão, como acontecia em todas as regiões do planeta onde houvesse a existência de sociedades humanas. Portanto, os africanos não foram diferentes, neste aspecto mais geral do desenvolvimento das sociedades, dos povos da Europa, Ásia e América.

A luta de classes dentro da África
Em outro ângulo de análise, a África foi pioneira na criação do que se convencionou chamar de "civilização", o momento pelo qual surge o Estado, as grandes cidades, as artes "sofisticadas", as obras arquitetônicas de grande porte, etc. Porém, o aspecto mais importante a ressaltar é o social, a saber, trata-se do período onde surge a exploração de uns seres humanos por outros; portanto, a existência das classes sociais. Neste sentido, a luta de classe na África era uma realidade desde a antiguidade. Com isto, podemos levantar a ideia de que os conceitos de africanos, negros, "irmãos" etc., não têm muito sentido para os povos desse continente como nós aqui da América acreditamos que tenham. Quaisquer termos que ocultem as diferenças culturais ou sociais na África não possuem maior poder de interpretação da realidade. Havia camadas sociais de privilegiados de um lado e de oprimidos do outro em várias regiões da África desde muito. Isso também, mais uma vez, não os diferencia de outros povos do planeta. Portanto, já existia injustiça social desde tempos remotos no continente africano, antes, inclusive, de chegarem os invasores externos: árabes e europeus. Vale a ressalva de que, para qualquer povo africano, invasor era todo aquele que o desejasse dominar, mesmo sendo um Estado inimigo dentro do próprio continente.

Fonte: <https://ceert.org.br/noticias/africa/17310/africa-berco-da-humanidade- e-da-civilizacao> Acesso em: 01 abr. 2020.

Com base nas informações contidas no texto 1 e 2, responda:

01.   Como se organizaram as primeiras sociedades humanas?
02.  Relacione dos principais reinos e civilizações que se organizaram no continente africano no período da História Antiga:
Pesquise as atuais condições do continente africano (população, IDH, politica, religião, dentre outros aspectos) e em seguida produza um pequeno texto analisando os aspectos evidenciados em sua pesquisa.
 Onde encontro o conteúdo
 
Disponível em: <http://professordehistoria-leonardo.blogspot.com/2009/07/as- primeiras-sociedades-humanas.html>. Acesso em: 01. abr. 2020.

 Depois da atividade
 
Agora com seu celular ou de um familiar, grave um pequeno vídeo onde você resumirá os principais aspectos de sua pesquisa sobre o continente africano.
Pronto! Por fim poste em suas redes sociais e convide seus seguidores, contatos e amigos, para discutirem sobre o conteúdo de sua postagem. Use a #EducacaoBahia e marque sua professora. 
Bons Estudos!
#Fiqueemcasa

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Olá! Sou  Ana Paula, professora de Inglês, e atualmente faço parte da Direção do Colégio Estadual Florestal em Nova Canaã. Venho por ...